domingo, 9 de maio de 2010

pirando num sábado, às cinco.

Cinco da madrugada, dormi cedo pela ressaca do dia anterior, cerveja, cachaça, whisky, palavras trocadas no palco e a cumplicidade dos amigos, na minha certeza de que exagerei em tudo. Ressaca e um grande foda-se pro mesmo tudo. Mas existe o rivotril, pra fazer o dia passar mais rápido. A distância do fato, ameniza o constragimento de meus tropeços.
Às cinco da manhã um telefonema. E era ele. O despertar e o sono, por um instante me fizeram duvidar de quem seria, mas ah... aquela voz ficou impregnada de uma forma, que entre o sonho e a realidade só a certeza de ser ele.
Me falava de putas convertidas com ironia, de tentativas de suicídio numa banheira de hidromassagem, de espelhos no teto e do terror de terem lhe cortado o pau da escrita.
Não percebia, que tudo que dizia era louco e arte. Aumentou o volume da televisão para que eu ouvisse um pornozão na televisão. Aquela voz misturada com gemidos excitava e ele era explícito. Se tocava e me tocava e me pedia pra dizer coisas bizarras, sobre sexo. Fácil, pra eu entrar naquela fantasia.
Eu era naquele momento uma puta, que ele tinha sentido quente e o que fervia era uma fonte não poluente de energia, segundo ele. Me meteria fios. Me acendeu os olhos, enquanto acendia o dia.
Sim, pra ele eu sou a puta, não das tristes, carentes, mas uma puta (dele) que acorda as 5 da manhã com seu telefonema e vai o encontrar no motel, pra que ele me meta fios e assim consiga carregar a bateria do notebook, e quando isso acontece meus olhos acendem pra ele ter o gozo das palavras e ainda puta, levo uma amiguinha pra ser comida por nós dois, com fios e dedos na banheira de hidromassagem, fios e água... (putas as vezes sentem ciúmes) a gente riria da luz branca que pisca no banheiro, enquanto ela pede vida ao santo padim padi ciço. Reza gozando, ela gosta e não somos tão cruéis assim...dor só com prazer.
Mudamos a cena, a bateria recarregada, vamos começar mais uma, de apenas mais uma trepada, ele até poderia trocar meu nome, sou muitas e sou quem ele quiser. Por amor se faz de tudo, inclusive pedir que ele sinta como é muito mais quente quando sua mão inteira vai cada vez mais fundo, ainda que me rasgue,( o calor derreteria luvas cirúrgicas se as usasse)... assim posso o sentir por dias e dias, toda vez que for me sentar. Nunca experimentei, mas dizem que o orgasmo é muito forte, quando na hora do gozo chegando, houver um pequeno estrangulamento. Eu deixo, quero o gozo forte com ele, depois ele me solta e me beija demoradamente, chupando a minha língua enquanto sente minha boceta contraindo várias vezes, enquanto rola um pornô bizarro brasileiro na tv do motel.
Esquecemos nossa amiguinha na sauna, uma ducha gelada nós três... ela está quente, mas não tão quente quanto eu por dentro, quando penso nele, ele na minha boca, eu engolindo seu pau. Ele sorri de lado e se derrama em mim. Abro a boca pra mostrar que engoli tudo. Vamos fumar um baseado. O táxi da amiguinha chegou. Que ela vá pro inferno. Eu, me encaixo nele e a gente adormece beijando na boca e eu ainda latejando, sorrio quando ele me diz que eu sou possivelmente amável.
E não se assusta quando eu digo, que estou comprando um apartamento em são paulo com minha mãe, dizem que lá é onde rola o dinheiro e eu tenho o hábito de não criar raízes... apenas de cultivar meus amores.
Nos despedimos, com alguns vários eu te amos...

Ótimo motivo pra continuar pirando na dele...

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