sexta-feira, 28 de maio de 2010

pirando no bolso do fígado



Ela ( sou eu)

Ela fechou as janelas na minha cara...

por conta de meus inventos,

por conta do que digo em meus pobres poemas.

abri o céu (doravante minha janela)

Corri por terrenos que nunca foram meus,

por luas cor de mercúrio.

Hoje minhas pernas sentem o esforço

que foi subir naquelas pedras.

Volto para minha cabana,

para minha esteira,

para os chinelos que foram de meu pai

Ela ( sou eu),

não preciso virar esquinas,

nem de forquilhas dalinianas

para me manterem de pé

Considero tudo e todos,

mas a resposta mesmo,
guardo comigo, no bolso do fígado,

na camuflagem do meu eu sapo.



(edu planchêz)

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